quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Alexandre Castilho responde ao Osasqueando

Alexandre Castilho, tem 43 anos é Tecnico Metalurgico e Coordenador da Equipe de Inspeção da Fabricação da Petrobrás no Estado de São Paulo e da região Sul do País. 

Alexandre Castilho responde ao Osasqueando.


Como é fazer campanha com tão pouca visibilidade?
Não aceitamos recursos financeiros das empresas e não fizemos acordos com os grandes partidos políticos “endinheirados”, utilizamos os poucos recursos próprios de cada militante...consequentemente, é uma campanha difícil em função da pequena quantidade de material visual como placas, bandeiras e equipes de panfletagem.
Nosso jeito de fazer campanha é a cara do povo: simples e com poucos recursos financeiros, porém, é uma campanha alegre, corajosa, aguerrida e ficha limpa. 

O que te diferencia dos últimos Prefeitos?
Não tenho os vícios da política e assumo proposta concreta de implantação de gestão democrática através dos conselhos populares para vencer as politicagens e conquistar atendimento público de qualidade nas áreas de saúde, educação e transporte público. Não temos acordos com as grandes empresas e grandes partidos que vivem do investimento destas empresas. Tenho coragem de mexer nos interesses dos grandes da política e do poder econômico em nome da defesa dos interesses do povo simples que depende do atendimento público de qualidade.
O Celso isentou de impostos grandes empresas e o povo teve que cobrir o rombo do caixa através de pagamento de IPTU altíssimo. 
O Emidio/Lapas prometeram o Bilhete único em 2004 e 2008 e não implantaram. Faltou coragem para mexer no lucro das empresas e defender o povo simples que continua pagando umas das passagens de ônibus mais caras do país.
O PSOL é a cara fiel do povo: campanha simples e com poucos recursos. É com o povo a nossa aliança política.

Você já fez parte de outro partido. Qual o real motivo da mudança e existe algum ressentimento?
Fui militante do PT e suplente de vereador em 02 eleições. Já possuía divergência política interna com o Emidio e João Paulo Cunha e nas eleições de Deputado eu apoiava outros nomes. Com o escândalo do mensalão em 2004, pensei que o PT manteria a coerência e “cortaria na própria carne”, porém, a atitude foi a de empurrar tudo para “debaixo do tapete”. Ficar no PT significava ter que fazer silêncio e aceitar a decisão e a outra alternativa era criar um novo partido de esquerda e permanecer fiel à luta dos trabalhadores e do povo simples e ficar livre da mordaça imposta pelo partido. Escolhi ajudar a construir o PSOL e oferecer uma alternativa política coerente para a população e esta decisão foi acertadíssima, afinal, o mensalão foi comprovado e políticos estão na lista de condenação. Eu continuo de cabeça erguida, ficha limpa e sem me entregar para acordos com os grandes do poder econômico e da política de conchavos que prejudicam a população.

Qual a sua opinião sobre as obras emergenciais no centro de Osasco?
O Lapas foi Secretário de Governo e de Obras na Gestão do Emidio. É um Engenheiro que não teve capacidade de cálculos e planejamento, afinal, a atual administração teve suas contas rejeitas em 2005, 2006, 2007, 2008 e 2010 e também não planejou adequadamente as obras emergenciais do centro. Está sendo um caos para o Comércio e para a população que sofre o risco de acidentes enquanto caminha sobre tábuas e valetas.

Ouvi algumas criticas suas sobre os cargos públicos de Osasco. Tem como resolver esse problema?
Sim, formar os Conselhos de Bairro e o Conselho Municipal. 
Queremos que o cidadão escolha um representante da sua rua. Este representante, fará parte do Conselho de Bairro. O Conselho de Bairro indicará representantes para participar do Conselho Municipal.
O prefeito apresentará os projetos e todo o orçamento da cidade para o Conselho Municipal que você escolheu. Você não decidirá somente por 5 ou 10% do orçamento como hoje é feito. O PSOL quer que você saiba quanto há de dinheiro por completo e decida para quais projetos este dinheiro será destinado.
Caso algum vereador não queira aprovar o projeto do povo porque não têm mais os cargos comissionados no "cabide de emprego" que sempre teve dentro da prefeitura, ele terá que se explicar para o Conselho de Bairro da região onde teve muitos votos. O povo o convencerá de que é melhor aprovar o projeto, caso contrário, não terá mais votos daquela região.
Todos os pedidos de serviços solicitados para a prefeitura serão registrados e publicados em página da internet com a data de abertura e data da conclusão para que povo possa acompanhar e cobrar a solução. É do Prefeito a obrigação de limpar a cidade, desentupir bueiros, tapar buracos, podar árvores, portanto, não é esta a função de vereadores. Através do Conselho de Bairro, o povo será a Ouvidoria Ativa. Não quero uma ouvidoria que atende telefone e nada resolve. Farei reunião com meus secretários e com o Conselho de Bairro para discutir as eventuais dificuldades para realização dos trabalhos e encontraremos a solução. Não será necessário quebra-galho de vereador. A cidade terá um prefeito de verdade que governa com o povo e sem cabide de emprego.


Como podemos superar os problemas na Saúde publica da cidade?
Vou responder como melhorar o atendimento público em todas as áreas.
O povo será bem atendido na Saúde, Educação e Transporte Público.
A Educação terá recursos elevados de 25 para 30% do orçamento e será o braço de apoio para implantação dos Conselhos de Bairro e Municipal.
Com os Conselhos conseguiremos governar a cidade sem o "cabide de empregos" do excesso de cargos comissionados e teremos recursos para abrir mais vagas nas creches e realizar Concurso Público sério para contratação de médicos, enfermeiros, professores, diretores de escolas, etc.
Criaremos Plano de Carreira justo para os servidores e faremos funcionar o que já existe na área da Saúde antes de realizar uma nova construção.
Implantaremos o Bilhete Único com terminais de transferência e as ciclovias serão estruturadas e sinalizadas.


Sinceramente, qual a sua posição sobre a situação do estádio inacabado do Vila Yolanda?
O maior prejuízo para os cofres públicos está na interrupção de obras, pois, todo o recurso inicialmente investido não é efetivamente aproveitado pela população e a estrutura em construção fica degradada com o tempo. Criaremos Centro Olímpico estimulando a prática esportiva para a juventude. 

Existe um pólo importantíssimo na cidade que é o complexo da Anhanguera, porém ainda parece um lugar abandonado na cidade. Qual a sua avaliação sobre essa situação?
A região possui até um pequeno “mix” de chacara e empresas na mesma região. Acredito que exista pouco investimento em infraestrutura residencial pelo fato da forte vocação industrial da região. A tendência é que as empresas ocupem completamente a região adquirindo os terrenos para ampliação de seus negócios ou chegada de novas micro e pequenas empresas. A região naturalmente será um ‘mix” de comércio (restaurante, barzinhos, etc) e empresas em função do perfil da região.

Qual a será a sua atitude com relação a política cultural da cidade?
A nossa querida Osasco é cidade grande. Com a implantação do Conselho Municipal e dos Conselhos de Bairro, os moradores dos bairros terão maior interação entre si e seremos cidade grande com jeito de interior. Estimularemos as quermesses, festas populares e apresentações culturais (teatro/música/dança) com os talentos dos bairros. O povo precisa ocupar as praças, as ruas e os parques para que o consumo das drogas não dominem estes lugares. A prefeitura entrará com a infraestrutura móvel e o povo entrará com o talento!!!
A cultura será descentralizada e estimulada por toda cidade revelando os talentos das diversas áreas e nos diversos bairros.


Muito Obrigado e boa sorte...

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