O Guardião da Imaculada Conceição

Desde minha adolecencia, eu vejo aquele cidadão, maltrapilho,cabelos e barbas longas, objetos catados da rua, caneca, prato, plasticos e tudo o que o identifica como um sobrevivente de nossos dias. Ele está lá. Todos os dias, todas as noites. Seu nome não sei, sua origem menos ainda. Mas ele está lá. Todas as manhãs, faça chuva ou faça sol. Lá está ele. Cidadão da rua, cidadão de nossa cidade, conhecido por todos da região, que lhe dão bom dia, boa noite e um até breve. Talves uns tenham medo, outros já se acostumaram com sua presença e outros sentam ao seu lado para um batem um papo. Ganhou o respeito, a amizade e o carinho de alguns. Outros nem notam ou lhe ignoram. Mas ele está lá todos os dias em frente a Igreja Imaculada Conceição, no Km 18. Engraçado como essas imagens as vezes passam despercebidas em nosso cotidiano. Temos tanta coisa pra pra lembrar, tantos problemas para nos preocupar e nem nos damos conta de alguns detalhes da vida. Todos os dias quando os ônibus passam em frente a Igreja, alguns se benzem e invocam as proteções de cada um para um novo dia que está começando e ele está lá como se recebesse os pedidos para depois entregar para de quem é direito. Nada a dizer. Só constatar. O Guardião...

Mudanças na Cultura, antes tarde do que mais tarde...

Enfim, chegou ao fim a administração que queria o nosso fim. Pessoas despreparadas e sem compromisso com os artistas da cidade se foram. E não vão deixar saudades. As autoridades de nossa cidade acordaram e olharam um novo horizonte. Quem sabe agora teremos voz, ou pelo menos os ouvidos. Algo incomum nesse periodo negro que agora, aleluia... é passado. Desejo a todos esses novos administradores de nossa arte, sorte, merda e afins. Neles eu acredito e vou estar presente para acompanhar, elogiar e criticar sempre que necessario. Estava mais do que na hora de pessoas responsáveis e com visão e conhecimento artistico assumirem essa Secretaria.

Demorou mas chegou... antes tarde, do que mais tarde. 

Jornal do Trem

Toda sexta leio algo que realmente me faz acreditar que ainda existe jornalismo sério, independente e honesto. É o Jornal do Trem. Um pequeno tablóide de poucas páginas e matérias curtas, porém com conteúdo rico e satisfatório ao leitor. Uma matéria que me chamou a atenção esses dias, foi sobre os abandono dos cemitérios públicos de Osasco. Através da denúncia de uma leitora indignada sobre o assunto, os jornalistas visitaram os dois cemitérios, Santo Antonio e Parque dos Girassóis e perceberam que o tráfico domina o território. Um absurdo que o Osasqueando já tinha comentado em matérias anteriores. Engraçado nessa história é que os grandes jornais da cidade simplesmente ignoram o fato destacando em suas páginas assuntos de interesses duvidosos e vazias. Felizmente o Jornal do Trem busca um caminho mais honesto e por esse motivo em cada dez passageiros, pelo menos oito estão lendo essas verdadeiras matérias. 
Fiquei muito feliz de saber que essas linhas são escritas em nossa cidade e que sua sede é no Jardim das Flores. Prova de que ainda temos bons jornalistas e redatores. Se você não leu, leia... você vai se identificar.
Parabéns Jornal do trem, quem sabe através de vocês o jornalismo de nossa região não entra na linha!